Introdução
A Orientação, embora relativamente recente em Portugal, é um desporto organizado com mais de 100 anos de existência.
Os registos indicam que terá sido em Bergen, na Noruega, no dia 31 de Outubro de 1897, que se organizou a primeira actividade desportiva de Orientação. Os países nórdicos são, ainda hoje, aqueles onde a modalidade tem maior implantação, mobilizando um número de praticantes que coloca a Orientação entre os cinco desportos mais praticados na Escandinávia. A maior prova do mundo, o “O-Ringen”, realiza-se anualmente na Suécia com um número de participantes que chegou a alcançar os 25.000.
Ao longo deste século de existência a modalidade foi evoluindo, tornando-se num desporto altamente desenvolvido que permite a partilha, em simultâneo, do mesmo espaço e tempo, independentemente do nível físico ou técnico, da idade ou do género do praticante.
Os registos indicam que terá sido em Bergen, na Noruega, no dia 31 de Outubro de 1897, que se organizou a primeira actividade desportiva de Orientação. Os países nórdicos são, ainda hoje, aqueles onde a modalidade tem maior implantação, mobilizando um número de praticantes que coloca a Orientação entre os cinco desportos mais praticados na Escandinávia. A maior prova do mundo, o “O-Ringen”, realiza-se anualmente na Suécia com um número de participantes que chegou a alcançar os 25.000.
Ao longo deste século de existência a modalidade foi evoluindo, tornando-se num desporto altamente desenvolvido que permite a partilha, em simultâneo, do mesmo espaço e tempo, independentemente do nível físico ou técnico, da idade ou do género do praticante.
Orientação é...
Tomando por base a sua principal disciplina, a Orientação Pedestre, poderemos definir a modalidade como uma corrida individual, contra-relógio, em terreno desconhecido e variado, geralmente de floresta ou montanha, num percurso materializado no terreno por postos de controlo que o orientista deve descobrir numa ordem imposta. Para o fazer, ele escolhe os seus próprios itinerários, utilizando um mapa e, eventualmente, uma bússola.
Na partida, cada praticante recebe um mapa onde estão marcados pequenos círculos que correspondem a pontos de controlo. Estes são materializados no terreno pelas "balizas" (prismas de cores laranja e branca) que têm de ser visitados na ordem indicada. Para permitir que a prova seja efectivamente aberta a todos, existem sempre diversos percursos adaptados à condição física e técnica de cada participante.
A Orientação pode ser praticada em qualquer lugar desde que exista um mapa de Orientação dessa área. Floresta, montanha, montado, qualquer local é adequado para a sua prática. O terreno deve ser agradável e com pormenores de relevo e de vegetação, e possuir características que o tornem acessível a todos os grupos, desde o que se inicia na modalidade àquele que a pratica ao mais alto nível.
As provas em parques ou jardins citadinos e em áreas urbanas, embora reduzam o factor do contacto com a natureza, são cada vez em maior número conferindo mais visibilidade às competições. As provas de Orientação são, regra geral, realizadas durante o dia. No entanto existem também provas nocturnas. Uma prova de Orientação pode ter diferentes características consoante a sua natureza. Tradicionalmente é composta por um percurso que consiste num conjunto de pontos de controlo que têm todos de ser visitados de forma sequencial. As provas oficiais são realizadas em sistema de contra-relógio, tendo cada orientista um tempo específico de partida.
A distância dos percursos, assim como o seu nível de dificuldade física e técnica, é variável consoante o escalão do atleta. Existem escalões para todas as idades, desde os infantis até aos veteranos (por exemplo, no Campeonato do Mundo de Veteranos, existe o escalão H95 que significa “Homens com mais de 95 anos”), divididos em homens e mulheres; alguns escalões etários contemplam ainda subdivisões. Em Portugal existem obrigatoriamente, em todas as provas de Orientação Pedestre e BTT, os escalões de Iniciação e Promoção OPT (Orientação Para Todos).
A escolha do itinerário entre cada ponto de controlo é uma opção do próprio orientista. Cada ponto de controlo é uma meta e, simultaneamente, o início de um novo desafio.
O “jogo” desenvolve-se através de prados, florestas, montanhas, onde o praticante se sente parte integrante do espaço que percorre. A velocidade de movimento tem que ser acompanhada pela velocidade de raciocínio. Em causa está a leitura do mapa, a interpretação da relação mapa / terreno, a ponderação sobre as várias opções de itinerário, enfim, a capacidade de decisão. Em cada escalão é declarado vencedor o atleta que realize correctamente o seu percurso em menos tempo.
Na partida, cada praticante recebe um mapa onde estão marcados pequenos círculos que correspondem a pontos de controlo. Estes são materializados no terreno pelas "balizas" (prismas de cores laranja e branca) que têm de ser visitados na ordem indicada. Para permitir que a prova seja efectivamente aberta a todos, existem sempre diversos percursos adaptados à condição física e técnica de cada participante.
A Orientação pode ser praticada em qualquer lugar desde que exista um mapa de Orientação dessa área. Floresta, montanha, montado, qualquer local é adequado para a sua prática. O terreno deve ser agradável e com pormenores de relevo e de vegetação, e possuir características que o tornem acessível a todos os grupos, desde o que se inicia na modalidade àquele que a pratica ao mais alto nível.
As provas em parques ou jardins citadinos e em áreas urbanas, embora reduzam o factor do contacto com a natureza, são cada vez em maior número conferindo mais visibilidade às competições. As provas de Orientação são, regra geral, realizadas durante o dia. No entanto existem também provas nocturnas. Uma prova de Orientação pode ter diferentes características consoante a sua natureza. Tradicionalmente é composta por um percurso que consiste num conjunto de pontos de controlo que têm todos de ser visitados de forma sequencial. As provas oficiais são realizadas em sistema de contra-relógio, tendo cada orientista um tempo específico de partida.
A distância dos percursos, assim como o seu nível de dificuldade física e técnica, é variável consoante o escalão do atleta. Existem escalões para todas as idades, desde os infantis até aos veteranos (por exemplo, no Campeonato do Mundo de Veteranos, existe o escalão H95 que significa “Homens com mais de 95 anos”), divididos em homens e mulheres; alguns escalões etários contemplam ainda subdivisões. Em Portugal existem obrigatoriamente, em todas as provas de Orientação Pedestre e BTT, os escalões de Iniciação e Promoção OPT (Orientação Para Todos).
A escolha do itinerário entre cada ponto de controlo é uma opção do próprio orientista. Cada ponto de controlo é uma meta e, simultaneamente, o início de um novo desafio.
O “jogo” desenvolve-se através de prados, florestas, montanhas, onde o praticante se sente parte integrante do espaço que percorre. A velocidade de movimento tem que ser acompanhada pela velocidade de raciocínio. Em causa está a leitura do mapa, a interpretação da relação mapa / terreno, a ponderação sobre as várias opções de itinerário, enfim, a capacidade de decisão. Em cada escalão é declarado vencedor o atleta que realize correctamente o seu percurso em menos tempo.
Federação Portuguesa e Internacional de Orientação
A nível internacional a modalidade é tutelada pela Federação Internacional de Orientação (IOF - International Orienteering Federation), englobando quatro disciplinas: Orientação Pedestre, Orientação em BTT, Orientação em Esqui e Orientação de Precisão (Trail-O), esta última criada originalmente para pessoas portadoras de deficiência motora.
Em Portugal a Orientação é tutelada pela FPO - Federação Portuguesa de Orientaçãoque, embora não tendo calendário competitivo de Orientação em Esqui, engloba uma outra disciplina, as Corridas Aventura.
Em Portugal a Orientação é tutelada pela FPO - Federação Portuguesa de Orientaçãoque, embora não tendo calendário competitivo de Orientação em Esqui, engloba uma outra disciplina, as Corridas Aventura.
Breve História da Orientação
Embora o registo mais antigo remonte a 1897, apenas em 1912 a Orientação começou a dar os primeiros passos de uma forma mais estruturada. Tendo como base o desdobramento da distância da Maratona por três provas, o Major Killander, de nacionalidade sueca e líder escuteiro, adicionou-lhe a componente de leitura de mapa.
A extraordinária adesão dos jovens motivou o primeiro Campeonato Nacional na Suécia em 1922.
No início da década de 70, Portugal aderiu à prática desta actividade desportiva, e, em 1973, disputou-se o primeiro Campeonato das Forças Armadas, em Mafra. Só em 1987, com a formação da Associação Portuguesa de Orientação (APORT), se começam a promover alguns encontros e a produzir mapas adequados à sua prática, obedecendo às normas da IOF.
Pode considerar-se o ano de 1984 como o início da prática da Orientação no meio civil em Portugal. Até essa data, a prática da modalidade era restrita ao meio militar que, até meados da década de 90, ainda permaneceu como a principal força dinamizadora da modalidade em Portugal.
Em Dezembro de 1990, é criada a Federação Portuguesa de Orientação, tornando-se Portugal membro efectivo da IOF.
De forma cronológica e sintética, são os seguintes os principais marcos históricos da modalidade:
Nível mundial
1897 - 1ª Prova de Orientação (Noruega)
1918 - Orientação como modalidade desportiva por Ernst Killander
1919 - 1º Campeonato Oficial (Estocolmo)
1925 - Oficialização da Orientação (Noruega)
1961 - Fundação da Federação Internacional de Orientação (IOF)
1962 - 1º Campeonato da Europa (Noruega)
1965 - 1º Campeonato do Mundo Militar (Suécia)
1966 - 1º Campeonato do Mundo (Finlândia)
1977 - Reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional
1994 - IOF engloba 45 países
1995 - Primeira edição da “Taça dos Países Latinos” (Roménia)
2010 - IOF engloba 71 países-membros (50 efectivos e 21 associados)
Nível nacional
1973 - 1º Campeonato das Forças Armadas (Mafra)
1977 - 1ª Participação no Campeonato do Mundo Militar
1980 - 1º Contacto da modalidade com a sociedade civil
1981 - Execução do 1º mapa de Orientação em Portugal - Açoteias (Albufeira)
1987 - Criada a Associação Portuguesa de Orientação - APORT
1990 - Criação da FPO
1991 - 1ª Participação no Campeonato do Mundo (Checoslováquia)
1992 - 1º Campeonato Ibérico (Tróia)
1993 - 1º Campeonato com um sistema de ranking
1995 - É conferido à FPO o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva.
1996 - A Orientação é incluída nos programas de Educação Física
1996 - 1ª Edição do Portugal “O” Meeting (Mafra)
2000 - Organização da etapa final da Taça do Mundo (Leiria e Lisboa)
2001 - Organização do Campeonato do Mundo Militar (Beja)
2002 - Organização do Campeonato do Mundo de Desporto Escolar (M.Grande)
2003 - Início da transmissão regular das provas de Orientação na RTP 2
2007 - Assinatura de Protocolo com DGIDC (Desporto Escolar)
2007 - Primeiro título europeu de jovens (Diogo Miguel, Hungria)
2008 - Organização do Campeonato do Mundo de Veteranos (3500 atletas)
2008 - Primeiro título mundial de Desporto Escolar (Vera Alvarez, Escócia)
2010 - Organização do Campeonato do Mundo de Ori-BTT (Montalegre)
2013 - Organização do Campeonato do Mundo de Desporto Escolar (Algarve)
A extraordinária adesão dos jovens motivou o primeiro Campeonato Nacional na Suécia em 1922.
No início da década de 70, Portugal aderiu à prática desta actividade desportiva, e, em 1973, disputou-se o primeiro Campeonato das Forças Armadas, em Mafra. Só em 1987, com a formação da Associação Portuguesa de Orientação (APORT), se começam a promover alguns encontros e a produzir mapas adequados à sua prática, obedecendo às normas da IOF.
Pode considerar-se o ano de 1984 como o início da prática da Orientação no meio civil em Portugal. Até essa data, a prática da modalidade era restrita ao meio militar que, até meados da década de 90, ainda permaneceu como a principal força dinamizadora da modalidade em Portugal.
Em Dezembro de 1990, é criada a Federação Portuguesa de Orientação, tornando-se Portugal membro efectivo da IOF.
De forma cronológica e sintética, são os seguintes os principais marcos históricos da modalidade:
Nível mundial
1897 - 1ª Prova de Orientação (Noruega)
1918 - Orientação como modalidade desportiva por Ernst Killander
1919 - 1º Campeonato Oficial (Estocolmo)
1925 - Oficialização da Orientação (Noruega)
1961 - Fundação da Federação Internacional de Orientação (IOF)
1962 - 1º Campeonato da Europa (Noruega)
1965 - 1º Campeonato do Mundo Militar (Suécia)
1966 - 1º Campeonato do Mundo (Finlândia)
1977 - Reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional
1994 - IOF engloba 45 países
1995 - Primeira edição da “Taça dos Países Latinos” (Roménia)
2010 - IOF engloba 71 países-membros (50 efectivos e 21 associados)
Nível nacional
1973 - 1º Campeonato das Forças Armadas (Mafra)
1977 - 1ª Participação no Campeonato do Mundo Militar
1980 - 1º Contacto da modalidade com a sociedade civil
1981 - Execução do 1º mapa de Orientação em Portugal - Açoteias (Albufeira)
1987 - Criada a Associação Portuguesa de Orientação - APORT
1990 - Criação da FPO
1991 - 1ª Participação no Campeonato do Mundo (Checoslováquia)
1992 - 1º Campeonato Ibérico (Tróia)
1993 - 1º Campeonato com um sistema de ranking
1995 - É conferido à FPO o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva.
1996 - A Orientação é incluída nos programas de Educação Física
1996 - 1ª Edição do Portugal “O” Meeting (Mafra)
2000 - Organização da etapa final da Taça do Mundo (Leiria e Lisboa)
2001 - Organização do Campeonato do Mundo Militar (Beja)
2002 - Organização do Campeonato do Mundo de Desporto Escolar (M.Grande)
2003 - Início da transmissão regular das provas de Orientação na RTP 2
2007 - Assinatura de Protocolo com DGIDC (Desporto Escolar)
2007 - Primeiro título europeu de jovens (Diogo Miguel, Hungria)
2008 - Organização do Campeonato do Mundo de Veteranos (3500 atletas)
2008 - Primeiro título mundial de Desporto Escolar (Vera Alvarez, Escócia)
2010 - Organização do Campeonato do Mundo de Ori-BTT (Montalegre)
2013 - Organização do Campeonato do Mundo de Desporto Escolar (Algarve)
Intercâmbio Desporto Federado / Desporto Escolar
Um dos esteios para o crescimento e desenvolvimento da Orientação em Portugal tem sido o intercâmbio com o Desporto Escolar, o qual se foi desenvolvendo ao longo dos anos:
1989 - Entrada da Orientação nos Programas de Educação Física
1996 - Celebrado protocolo de cooperação entre Gabinete Coordenador do Desporto Escolar e a FPO
1997 - Primeiro Campeonato Nacional de DE (Jamor)
1997 - Primeira participação num Campeonato do Mundo DE (Itália)
2002 - Organização em Portugal do Campeonato do Mundo DE
2004 - Difusão generalizada e gratuita do DVD “Aprender” pelas escolas;
2007 - Celebrado protocolo de cooperação com a DGIDC;
2010 - Preparação de um Manual “Didáctica da Orientação na Escola em Mapas Simples” a distribuir pelas escolas.
2013 - Organização do Campeonato do Mundo DE (Algarve)
No desenvolvimento do intercâmbio entre Desporto Escolar e Desporto Federado assistiu-se à adequação dos escalões FPO ao Desporto Escolar com provas simultaneamente do quadro competitivo federado e escolar.
No âmbito do protocolo entre FPO e DGIDC assiste-se actualmente a uma colaboração alargada ao nível das organizações de estágios e de eventos locais, regionais e nacionais, e da participação em eventos internacionais.
1989 - Entrada da Orientação nos Programas de Educação Física
1996 - Celebrado protocolo de cooperação entre Gabinete Coordenador do Desporto Escolar e a FPO
1997 - Primeiro Campeonato Nacional de DE (Jamor)
1997 - Primeira participação num Campeonato do Mundo DE (Itália)
2002 - Organização em Portugal do Campeonato do Mundo DE
2004 - Difusão generalizada e gratuita do DVD “Aprender” pelas escolas;
2007 - Celebrado protocolo de cooperação com a DGIDC;
2010 - Preparação de um Manual “Didáctica da Orientação na Escola em Mapas Simples” a distribuir pelas escolas.
2013 - Organização do Campeonato do Mundo DE (Algarve)
No desenvolvimento do intercâmbio entre Desporto Escolar e Desporto Federado assistiu-se à adequação dos escalões FPO ao Desporto Escolar com provas simultaneamente do quadro competitivo federado e escolar.
No âmbito do protocolo entre FPO e DGIDC assiste-se actualmente a uma colaboração alargada ao nível das organizações de estágios e de eventos locais, regionais e nacionais, e da participação em eventos internacionais.
Quem pode praticar Orientação?
As provas do calendário da Federação Portuguesa de Orientação, sejam elas de nível local, regional, nacional ou internacional, realizam-se segundo um formato que permite, em simultâneo, a partilha do mesmo espaço de prática por todo e qualquer indivíduo, com ou sem vínculo federativo, de diferentes níveis de condição física, masculino ou feminino, jovem ou idoso, portador ou não de deficiência física, com objectivos competitivos ou apenas recreativos.
"Os orientistas são homens e mulheres da solidão. No momento da partida, ultrapassaram já a barreira da civilização. Seguem pelo instinto e pela inteligência um caminho imaginário e têm por únicos companheiros os seus violentos batimentos do coração, a sua feroz vontade de correr e o tic-tac de relógios invisíveis. Respiram o ar balsâmico das florestas através das estações. À chegada, regressam ao seio dos seus semelhantes, e precisam de algum tempo para sair do seu isolamento".
"Os orientistas são homens e mulheres da solidão. No momento da partida, ultrapassaram já a barreira da civilização. Seguem pelo instinto e pela inteligência um caminho imaginário e têm por únicos companheiros os seus violentos batimentos do coração, a sua feroz vontade de correr e o tic-tac de relógios invisíveis. Respiram o ar balsâmico das florestas através das estações. À chegada, regressam ao seio dos seus semelhantes, e precisam de algum tempo para sair do seu isolamento".