O Percurso de Orientação
Um percurso de Orientação é constituído por uma partida, uma série de pontos de controlo identificados por círculos no mapa, e por uma meta.
Na partida, cada praticante recebe um mapa onde estão marcados, com a cor púrpura (magenta):
- Um pequeno triângulo que corresponde ao ponto onde se inicia a orientação propriamente dita e materializado no terreno por uma “baliza” (prisma de cores laranja e branca), sem código;
- Pequenos círculos que correspondem a pontos de controlo, materializados no terreno pelas "balizas", com um código definido para cada uma e que estão acompanhadas de uma estação electrónica e/ou um pequeno picotador (também conhecido por “alicate”). Introduzindo o seu identificador electrónico (em Portugal utiliza-se um chip Sport-Ident) que é transportado preso num dedo, ou picotando o seu cartão de controlo, o praticante comprova a passagem por cada ponto;
- Dois pequenos círculos concêntricos que correspondem à chegada, materializada no terreno por uma “baliza”, também ela acompanhada de uma estação electrónica (e/ou um pequeno picotador). Introduzindo o seu identificador (ou picotando o seu cartão de controlo) o praticante comprova o termo do seu percurso. Num percurso tradicional de Orientação terão de ser visitados todos os pontos de controlo pela ordem indicada sob pena de desclassificação.
O percurso a seguir entre os pontos de controlo não está definido e é decidido por cada participante. Este elemento de escolha do percurso e a capacidade de se orientar através da floresta são a essência da Orientação.
A maioria das provas de Orientação utiliza o sistema de contra-relógio com partidas intervaladas para que o orientista tenha a possibilidade de realizar individualmente as suas próprias opções. Mas existem muitas outras formas populares, incluindo estafetas e provas de partida em massa.
Na partida, cada praticante recebe um mapa onde estão marcados, com a cor púrpura (magenta):
- Um pequeno triângulo que corresponde ao ponto onde se inicia a orientação propriamente dita e materializado no terreno por uma “baliza” (prisma de cores laranja e branca), sem código;
- Pequenos círculos que correspondem a pontos de controlo, materializados no terreno pelas "balizas", com um código definido para cada uma e que estão acompanhadas de uma estação electrónica e/ou um pequeno picotador (também conhecido por “alicate”). Introduzindo o seu identificador electrónico (em Portugal utiliza-se um chip Sport-Ident) que é transportado preso num dedo, ou picotando o seu cartão de controlo, o praticante comprova a passagem por cada ponto;
- Dois pequenos círculos concêntricos que correspondem à chegada, materializada no terreno por uma “baliza”, também ela acompanhada de uma estação electrónica (e/ou um pequeno picotador). Introduzindo o seu identificador (ou picotando o seu cartão de controlo) o praticante comprova o termo do seu percurso. Num percurso tradicional de Orientação terão de ser visitados todos os pontos de controlo pela ordem indicada sob pena de desclassificação.
O percurso a seguir entre os pontos de controlo não está definido e é decidido por cada participante. Este elemento de escolha do percurso e a capacidade de se orientar através da floresta são a essência da Orientação.
A maioria das provas de Orientação utiliza o sistema de contra-relógio com partidas intervaladas para que o orientista tenha a possibilidade de realizar individualmente as suas próprias opções. Mas existem muitas outras formas populares, incluindo estafetas e provas de partida em massa.
O Traçado do Percurso
Num desporto de competição como a Orientação, é essencial que exista justiça desportiva, o que só é conseguido se existirem condições iguais de participação para todos os atletas.
Assim, estes princípios visam estabelecer um padrão comum para o traçado de percursos de Orientação, de modo a assegurar uma competição justa e salvaguardar o carácter único da Orientação.
Os percursos, em todas as provas oficiais da FPO, devem ser planeados de acordo com estes princípios. Podem também servir como linhas-guia para a organização de eventos de outra natureza.
Um bom traçador de percursos é aquele que consegue potenciar ao máximo o mapa, através dos locais onde coloca os pontos e das pernadas que constrói, utilizando as melhores zonas do mapa e evitando as zonas de menor interesse ou onde a cartografia é de pior qualidade. Entenda-se por “pernada” o espaço que medeia entre dois pontos de um percurso.
O traçador deve saber escolher bons locais para a chegada, ou seja, locais bonitos, agradáveis, onde seja possível aos atletas/familiares/público concentrarem-se para assistir à chegada dos companheiros. Sempre que possível deve existir um ponto de espectadores visível a partir da chegada.
Um mapa pode ser bom ou mau, mas do trabalho do traçador é que nasce uma possível ideia negativa dos orientistas, já que um bom mapa pode ter percursos que não o potenciam minimamente. No entanto, é também possível que num mapa mau se façam percursos bons, utilizando as zonas interessantes e pensando com cuidado em cada pernada que se constrói. Nestes casos, mais vale um bom percurso curto, que um vulgar ou mau percurso longo.
A pessoa responsável pelo planeamento dos percursos deve conseguir avaliar um bom percurso, a partir da sua experiência pessoal. Deve também estar familiarizado com a teoria do traçado de percursos e ter em consideração os requisitos para os diferentes escalões e tipos de competição.
O traçador de percursos deve ser capaz de avaliar no terreno os vários factores que podem afectar a competição, tais como as condições do terreno, a qualidade do mapa, a eventual presença de orientistas e espectadores, etc.
O traçador é responsável pelos percursos e pelo decorrer da competição entre o local de partida e o de chegada. O seu trabalho deve ser verificado pelo Supervisor, de forma a minimizar as inúmeras possibilidades de erros que poderão ter graves consequências no decorrer da prova.
O traçador de percursos deve estar completamente familiarizado com o terreno, antes de decidir utilizar qualquer área para o percurso.
Regras de ouro do traçador de percursos
- O carácter único da Orientação enquanto corrida com orientação;
- Garantir uma competição justa;
- Satisfação dos orientistas;
- Protecção do ambiente e da vida selvagem;
- Necessidades dos espectadores e dos media.
Carácter único
Cada desporto tem o seu carácter próprio. O carácter único da Orientação consiste em encontrar e seguir o melhor itinerário, através de terreno desconhecido, numa luta constante contra o tempo. Isto exige diversas capacidades de orientação: boa leitura do mapa, avaliação de opções, utilização da bússola, concentração sob stress, rapidez na tomada de decisão, corrida em terreno acidentado, etc.
Justiça
A justiça é um requisito básico nos desportos competitivos. Se não houver grande cuidado durante o traçado e marcação dos percursos, o factor sorte pode ter um peso muito grande nos resultados. O traçador de percursos deve considerar todos estes factores, de modo a assegurar que a competição é justa e que todos os atletas são confrontados com as mesmas condições, em toda a extensão do percurso.
Satisfação dos orientistas
A popularidade da Orientação só pode ser alcançada se os orientistas ficarem satisfeitos com os percursos que fazem. É necessário um planeamento cuidadoso, de forma a assegurar que os percursos são apropriados em termos de extensão, dificuldade técnica e física, localização dos pontos de controlo, etc.
É de extrema importância que os percursos estejam adaptados ao nível dos orientistas que os vão executar.
Deve-se evitar passar em locais desagradáveis (principalmente no que se refere aos percursos abertos e de formação), com entulho, locais com cães ou onde existam zonas urbanas que impliquem alguns possíveis riscos de segurança para os orientistas.
Ambiente e vida selvagem
O ambiente é sensível: a vida selvagem pode ser perturbada e o solo, bem como a vegetação, podem sofrer com o excesso de utilização. O ambiente também inclui as pessoas que vivem nas áreas de competição, os muros, as vedações, os terrenos agrícolas, as casas, etc.
É normalmente possível encontrar formas de não interferir com as áreas mais sensíveis. A experiência e a investigação demonstraram que mesmo grandes eventos podem ser realizados em áreas sensíveis sem causar danos se forem tomadas as devidas precauções e se o traçado dos percursos for correcto. É muito importante que o traçador de percursos obtenha as autorizações para a utilização do terreno e que todas as áreas sensíveis sejam detectadas com antecedência.
Espectadores e media
A necessidade de transmitir uma boa imagem da Orientação para o público deve ser uma preocupação constante do traçador de percursos. Ele deve ter a preocupação de dar condições aos espectadores e aos media para acompanharem o decorrer da competição sem, no entanto, comprometer a verdade desportiva.
O traçador de percursos nunca deverá planear um ponto de controlo ou uma pernada sem conhecer detalhadamente o terreno e o mapa, particularmente nas zonas dos itinerários possíveis.
Deve também ter em consideração que no dia da prova as condições do terreno podem ser diferentes das existentes no momento em que os percursos foram planeados.
Assim, estes princípios visam estabelecer um padrão comum para o traçado de percursos de Orientação, de modo a assegurar uma competição justa e salvaguardar o carácter único da Orientação.
Os percursos, em todas as provas oficiais da FPO, devem ser planeados de acordo com estes princípios. Podem também servir como linhas-guia para a organização de eventos de outra natureza.
Um bom traçador de percursos é aquele que consegue potenciar ao máximo o mapa, através dos locais onde coloca os pontos e das pernadas que constrói, utilizando as melhores zonas do mapa e evitando as zonas de menor interesse ou onde a cartografia é de pior qualidade. Entenda-se por “pernada” o espaço que medeia entre dois pontos de um percurso.
O traçador deve saber escolher bons locais para a chegada, ou seja, locais bonitos, agradáveis, onde seja possível aos atletas/familiares/público concentrarem-se para assistir à chegada dos companheiros. Sempre que possível deve existir um ponto de espectadores visível a partir da chegada.
Um mapa pode ser bom ou mau, mas do trabalho do traçador é que nasce uma possível ideia negativa dos orientistas, já que um bom mapa pode ter percursos que não o potenciam minimamente. No entanto, é também possível que num mapa mau se façam percursos bons, utilizando as zonas interessantes e pensando com cuidado em cada pernada que se constrói. Nestes casos, mais vale um bom percurso curto, que um vulgar ou mau percurso longo.
A pessoa responsável pelo planeamento dos percursos deve conseguir avaliar um bom percurso, a partir da sua experiência pessoal. Deve também estar familiarizado com a teoria do traçado de percursos e ter em consideração os requisitos para os diferentes escalões e tipos de competição.
O traçador de percursos deve ser capaz de avaliar no terreno os vários factores que podem afectar a competição, tais como as condições do terreno, a qualidade do mapa, a eventual presença de orientistas e espectadores, etc.
O traçador é responsável pelos percursos e pelo decorrer da competição entre o local de partida e o de chegada. O seu trabalho deve ser verificado pelo Supervisor, de forma a minimizar as inúmeras possibilidades de erros que poderão ter graves consequências no decorrer da prova.
O traçador de percursos deve estar completamente familiarizado com o terreno, antes de decidir utilizar qualquer área para o percurso.
Regras de ouro do traçador de percursos
- O carácter único da Orientação enquanto corrida com orientação;
- Garantir uma competição justa;
- Satisfação dos orientistas;
- Protecção do ambiente e da vida selvagem;
- Necessidades dos espectadores e dos media.
Carácter único
Cada desporto tem o seu carácter próprio. O carácter único da Orientação consiste em encontrar e seguir o melhor itinerário, através de terreno desconhecido, numa luta constante contra o tempo. Isto exige diversas capacidades de orientação: boa leitura do mapa, avaliação de opções, utilização da bússola, concentração sob stress, rapidez na tomada de decisão, corrida em terreno acidentado, etc.
Justiça
A justiça é um requisito básico nos desportos competitivos. Se não houver grande cuidado durante o traçado e marcação dos percursos, o factor sorte pode ter um peso muito grande nos resultados. O traçador de percursos deve considerar todos estes factores, de modo a assegurar que a competição é justa e que todos os atletas são confrontados com as mesmas condições, em toda a extensão do percurso.
Satisfação dos orientistas
A popularidade da Orientação só pode ser alcançada se os orientistas ficarem satisfeitos com os percursos que fazem. É necessário um planeamento cuidadoso, de forma a assegurar que os percursos são apropriados em termos de extensão, dificuldade técnica e física, localização dos pontos de controlo, etc.
É de extrema importância que os percursos estejam adaptados ao nível dos orientistas que os vão executar.
Deve-se evitar passar em locais desagradáveis (principalmente no que se refere aos percursos abertos e de formação), com entulho, locais com cães ou onde existam zonas urbanas que impliquem alguns possíveis riscos de segurança para os orientistas.
Ambiente e vida selvagem
O ambiente é sensível: a vida selvagem pode ser perturbada e o solo, bem como a vegetação, podem sofrer com o excesso de utilização. O ambiente também inclui as pessoas que vivem nas áreas de competição, os muros, as vedações, os terrenos agrícolas, as casas, etc.
É normalmente possível encontrar formas de não interferir com as áreas mais sensíveis. A experiência e a investigação demonstraram que mesmo grandes eventos podem ser realizados em áreas sensíveis sem causar danos se forem tomadas as devidas precauções e se o traçado dos percursos for correcto. É muito importante que o traçador de percursos obtenha as autorizações para a utilização do terreno e que todas as áreas sensíveis sejam detectadas com antecedência.
Espectadores e media
A necessidade de transmitir uma boa imagem da Orientação para o público deve ser uma preocupação constante do traçador de percursos. Ele deve ter a preocupação de dar condições aos espectadores e aos media para acompanharem o decorrer da competição sem, no entanto, comprometer a verdade desportiva.
O traçador de percursos nunca deverá planear um ponto de controlo ou uma pernada sem conhecer detalhadamente o terreno e o mapa, particularmente nas zonas dos itinerários possíveis.
Deve também ter em consideração que no dia da prova as condições do terreno podem ser diferentes das existentes no momento em que os percursos foram planeados.
Desenho do Percurso (planeamento)
Um percurso de Orientação é definido por uma partida, pelos pontos de controlo e pela chegada. Entre os pontos de controlo, dos quais é dada a localização exacta no terreno, através do mapa, o itinerário é da livre escolha dos atletas.
As distâncias dos percursos são medidas desde a partida, passando em linha recta por todos os pontos até à chegada, desviando-se por, e apenas por, obstáculos intransponíveis (vedações altas, lagos, falésias, etc.), áreas interditas e itinerários obrigatórios.
Partida, Triângulo e Primeira Pernada
A partida deve ter uma área para aquecimento, podendo ser fornecido um pequeno mapa da área para ser usado durante o mesmo.
A partida deve estar colocada num local e organizada de forma a que os orientistas, para lá chegarem e enquanto esperam para partir, não consigam ver as opções dos atletas em prova (excepto num eventual ponto de especta-dores).
A escolha do local para a partida deve ter em atenção a necessidade de permitir o planeamento de percursos fáceis. Se necessário, e de forma a permitir bons percursos tanto de formação como de Elite, poderão existir dois locais diferentes de partidas (um para os percursos mais curtos e outra para os percursos mais longos).
Para isso, o terreno está balizado desde a linha de partida (local onde começa a contar o tempo, não indicado no mapa) até ao local a partir do qual os atletas se começam a orientar (geralmente designado por ‘triângulo’). Este ponto deve estar marcado no terreno com uma baliza sem sistema de controlo, caso não coincida com o local de recolha do mapa, e no mapa por um triângulo (com 7 mm de lado).
O triângulo deve estar posicionado de forma a que não seja vantajoso não passar por ele a caminho do primeiro ponto (no exemplo ao lado, ‘P’ representa o local efectivo de partida).
Por vezes torna-se necessário criar uma pré-partida como forma de compensar a exiguidade do espaço disponível, de reduzir o desnível ou de controlar o acesso dos atletas à partida quando possa interferir com os percursos.
No entanto, para a escolha dos locais de partida e de chegada tem de existir estreita colaboração entre traçador de percursos e director da prova, pois existem outros factores a ter em atenção, como sejam a comodidade dos participantes, o local de concentração, a existência de infra-estruturas de apoio para funcionamento do secretariado e das classificações, etc.
Pernadas
As pernadas são o elemento mais importante de um percurso de Orientação e determinam a sua qualidade.
Boas pernadas oferecem problemas de Orientação interessantes, conduzem os orientistas através de bom terreno, dando alternativas para opções individualizadas e escolha da informação necessária para navegar. A escolha de boas pernadas facilita também a dispersão dos atletas.
Num mesmo percurso devem existir diferentes tipos de pernadas, alternando a necessidade de pormenorizada leitura do mapa com opções mais fáceis e rápidas. Deve também haver variações no que diz respeito à extensão e dificuldade das pernadas, para forçar o atleta a usar diferentes técnicas de orientação e velocidades de corrida.
Deverão, sempre que possível, existir pernadas que ofereçam ao orientista a possibilidade de seleccionar, entre várias opções de itinerários numa pernada, a que se adequar melhor às suas capacidades.
O traçador de percursos deve também provocar alterações na direcção geral de pernadas consecutivas, pois isto força os atletas a se reorientarem frequentemente.
Situações a evitar
Ângulos agudos - É necessário ter muito cuidado ao escolher a localização dos pontos de controlo, por forma a evitar “ângulos agudos” (entrada e saída do ponto pelo mesmo itinerário), para que os atletas que estão a sair do ponto de controlo, não denunciem a sua posição aos que chegam.
Esta situação pode ser evitada, por exemplo, colocando-se um ponto de controlo suplementar entre esses.
Pernadas cruzadas - Quando existirem pernadas cruzadas deve-se evitar que o traço que une os pontos passe junto ou sobre outro ponto de controlo.
Factor sorte - Nenhuma pernada deve conter opções que dêem qualquer vantagem ou desvantagem que não possa ser prevista através do mapa por um atleta em competição.
Zonas interditas ou perigosas - Não devem ser escolhidas pernadas que encorajem os orientistas a atravessar áreas interditas (p.ex. zonas privadas ou cultivadas) ou perigosas (p.ex. falésias, rios, estradas).
As distâncias dos percursos são medidas desde a partida, passando em linha recta por todos os pontos até à chegada, desviando-se por, e apenas por, obstáculos intransponíveis (vedações altas, lagos, falésias, etc.), áreas interditas e itinerários obrigatórios.
Partida, Triângulo e Primeira Pernada
A partida deve ter uma área para aquecimento, podendo ser fornecido um pequeno mapa da área para ser usado durante o mesmo.
A partida deve estar colocada num local e organizada de forma a que os orientistas, para lá chegarem e enquanto esperam para partir, não consigam ver as opções dos atletas em prova (excepto num eventual ponto de especta-dores).
A escolha do local para a partida deve ter em atenção a necessidade de permitir o planeamento de percursos fáceis. Se necessário, e de forma a permitir bons percursos tanto de formação como de Elite, poderão existir dois locais diferentes de partidas (um para os percursos mais curtos e outra para os percursos mais longos).
Para isso, o terreno está balizado desde a linha de partida (local onde começa a contar o tempo, não indicado no mapa) até ao local a partir do qual os atletas se começam a orientar (geralmente designado por ‘triângulo’). Este ponto deve estar marcado no terreno com uma baliza sem sistema de controlo, caso não coincida com o local de recolha do mapa, e no mapa por um triângulo (com 7 mm de lado).
O triângulo deve estar posicionado de forma a que não seja vantajoso não passar por ele a caminho do primeiro ponto (no exemplo ao lado, ‘P’ representa o local efectivo de partida).
Por vezes torna-se necessário criar uma pré-partida como forma de compensar a exiguidade do espaço disponível, de reduzir o desnível ou de controlar o acesso dos atletas à partida quando possa interferir com os percursos.
No entanto, para a escolha dos locais de partida e de chegada tem de existir estreita colaboração entre traçador de percursos e director da prova, pois existem outros factores a ter em atenção, como sejam a comodidade dos participantes, o local de concentração, a existência de infra-estruturas de apoio para funcionamento do secretariado e das classificações, etc.
Pernadas
As pernadas são o elemento mais importante de um percurso de Orientação e determinam a sua qualidade.
Boas pernadas oferecem problemas de Orientação interessantes, conduzem os orientistas através de bom terreno, dando alternativas para opções individualizadas e escolha da informação necessária para navegar. A escolha de boas pernadas facilita também a dispersão dos atletas.
Num mesmo percurso devem existir diferentes tipos de pernadas, alternando a necessidade de pormenorizada leitura do mapa com opções mais fáceis e rápidas. Deve também haver variações no que diz respeito à extensão e dificuldade das pernadas, para forçar o atleta a usar diferentes técnicas de orientação e velocidades de corrida.
Deverão, sempre que possível, existir pernadas que ofereçam ao orientista a possibilidade de seleccionar, entre várias opções de itinerários numa pernada, a que se adequar melhor às suas capacidades.
O traçador de percursos deve também provocar alterações na direcção geral de pernadas consecutivas, pois isto força os atletas a se reorientarem frequentemente.
Situações a evitar
Ângulos agudos - É necessário ter muito cuidado ao escolher a localização dos pontos de controlo, por forma a evitar “ângulos agudos” (entrada e saída do ponto pelo mesmo itinerário), para que os atletas que estão a sair do ponto de controlo, não denunciem a sua posição aos que chegam.
Esta situação pode ser evitada, por exemplo, colocando-se um ponto de controlo suplementar entre esses.
Pernadas cruzadas - Quando existirem pernadas cruzadas deve-se evitar que o traço que une os pontos passe junto ou sobre outro ponto de controlo.
Factor sorte - Nenhuma pernada deve conter opções que dêem qualquer vantagem ou desvantagem que não possa ser prevista através do mapa por um atleta em competição.
Zonas interditas ou perigosas - Não devem ser escolhidas pernadas que encorajem os orientistas a atravessar áreas interditas (p.ex. zonas privadas ou cultivadas) ou perigosas (p.ex. falésias, rios, estradas).
Ponto de Controlo
Localização dos pontos de controlo
Os pontos de controlo são materializados no terreno por uma baliza de orientação, equipada com um sistema de controlo e assinalados no mapa por um círculo (com 5 a 7 mm de diâmetro).
As balizas devem ser colocadas em elementos do terreno que estejam marcados no mapa. Num percurso tradicional, estes têm que ser visitados pelos orientistas pela ordem imposta pela organização, mas seguindo as suas próprias opções de itinerário. Isto exige cuidadoso planeamento e verificações no terreno, para garantir justiça na competição.
É de particular importância que o mapa represente fielmente o terreno na área do ponto de controlo e que as distâncias e ângulos de aproximação estejam correctos.
As balizas não devem estar situadas em elementos pequenos, só visíveis a curta distância, se não existirem outros elementos de referência próximos.
As balizas não devem ser colocadas em locais onde a visibilidade da baliza para atletas vindos de várias direcções, não possa ser avaliada através do mapa ou atleta junto ao ponto ajude outro atleta a localizá-lo.
As balizas devem estar colocadas de forma a que só sejam visíveis quando o orientista veja o elemento em que ele está colocado, do lado indicado na sinalética. No entanto, os pontos não deverão estar escondidos de forma a que dificultem a sua localização pelo orientista que já tenha chegado ao elemento onde está o ponto.
Considera-se que o ponto está escondido quando o orientista que tenha chegado ao elemento característico onde está o ponto de controlo não o consegue ver na exacta localização indicada pela sinalética. Quer isto dizer que se o ponto de controlo está no lado Norte de uma pedra, o atleta deve avistá-lo logo que veja a base Norte dessa pedra.
A baliza deve ter a mesma visibilidade para os primeiros que partem como para os últimos. Como tal deve-se evitar colocar os pontos junto a vegetação que fique mais aberta à medida que os participantes vão passando.
O equipamento do ponto de controlo deve estar de acordo com as regras para competições internacionais de Orientação.
Caso se trate de um elemento de pequenas dimensões, os círculos que indicam a localização dos pontos devem estar centrados no elemento específico, sendo a sinalética que indica o lado do elemento onde está colocado. O círculo não deve ser desviado para tentar indicar esse lado.
É essencial a verificação, em todos os pontos de controlo e pernadas, se os respectivos círculos e traços não se sobrepõem à informação relevante do mapa. Isto consegue-se cortando os traços e os círculos de forma a não esconder os elementos importantes do mapa.
É também importante que os traços e círculos não se sobreponham entre si, ou seja, que não existam círculos atravessados por traços, ou círculos que se sobreponham. Também os traços das pernadas devem ser cortados nos locais onde se cruzam, ficando contínuo o traço da primeira pernada.
Em relação aos números dos pontos de controlo, nunca deverão ser cortados, mas sim colocados numa posição que não esconda informação importante do mapa. Em caso de pontos demasiado próximos, a localização dos números deve ser cuidada de forma a não se confundir o ponto a que pertence cada número.
O tamanho dos diversos elementos (triângulo, círculos, números dos pontos, etc) deve ser o indicado nas especificações para a elaboração de mapas (ISOM 2017 e ISSOM 2005).
Função dos pontos de controlo
A principal função do ponto de controlo é marcar o início e o fim de uma pernada.
Por vezes há necessidade de usar pontos com outros fins específicos, como por exemplo:
- obrigar os orientistas a contornar áreas perigosas ou interditas, ou seja, colocar pontos onde se quer que exista uma passagem obrigatória (por exemplo numa ponte para atravessar um rio);
- evitar ângulos agudos entre pernadas;
- abastecimento;
- ponto de espectadores.
Proximidade dos pontos de controlo
Pontos de controlo de diferentes percursos colocados muito próximos uns dos outros, podem enganar atletas que navegam correctamente até à área do ponto.
Os pontos de controlo só devem ser colocados a menos de 60 metros uns dos outros, quando os elementos onde se encontram são distintamente diferentes no terreno e no mapa. Neste caso a distância mínima é de 30 metros.
Nas provas de Sprint em zonas urbanas, é comum existir a necessidade de não se cumprir esta regra. Neste caso, deve existir autorização do Supervisor da prova para colocar pontos mais próximos que o regulamentado.
Sinalética do ponto de controlo
A posição da baliza em relação ao elemento representado no mapa, é descrita pela sinalética. A correspondência entre o elemento no terreno e o ponto marcado no mapa não deve suscitar qualquer dúvida. Os pontos de controlo que não possam ser definidos pelos símbolos da IOF, não são normalmente adequados e devem ser evitados.
A chegada
O último ponto de controlo é, geralmente, comum a todos os percursos (geralmente com o número 100 ou 200), de forma a que todos os atletas abordem a chegada pela mesma direcção. Este ponto não deverá ser de grande dificuldade técnica.
Os espectadores na zona de chegadas não deverão conseguir ver o percurso dos orientistas antes destes chegarem ao último ponto.
A distância entre o último ponto de controlo e a chegada deverá ser curto. Poderá ser mais longa caso se pretenda dar visibilidade à chegada dos atletas, por exemplo, numa zona de espectadores e/ou para câmaras de televisão.
O itinerário desde o último ponto de controlo até à chegada poderá ser ou não balizado. No entanto, como em Portugal é normal este itinerário ser balizado, deve ser comunicado aos atletas antes da partida caso o balizado seja incompleto ou não exista.
Os pontos de controlo são materializados no terreno por uma baliza de orientação, equipada com um sistema de controlo e assinalados no mapa por um círculo (com 5 a 7 mm de diâmetro).
As balizas devem ser colocadas em elementos do terreno que estejam marcados no mapa. Num percurso tradicional, estes têm que ser visitados pelos orientistas pela ordem imposta pela organização, mas seguindo as suas próprias opções de itinerário. Isto exige cuidadoso planeamento e verificações no terreno, para garantir justiça na competição.
É de particular importância que o mapa represente fielmente o terreno na área do ponto de controlo e que as distâncias e ângulos de aproximação estejam correctos.
As balizas não devem estar situadas em elementos pequenos, só visíveis a curta distância, se não existirem outros elementos de referência próximos.
As balizas não devem ser colocadas em locais onde a visibilidade da baliza para atletas vindos de várias direcções, não possa ser avaliada através do mapa ou atleta junto ao ponto ajude outro atleta a localizá-lo.
As balizas devem estar colocadas de forma a que só sejam visíveis quando o orientista veja o elemento em que ele está colocado, do lado indicado na sinalética. No entanto, os pontos não deverão estar escondidos de forma a que dificultem a sua localização pelo orientista que já tenha chegado ao elemento onde está o ponto.
Considera-se que o ponto está escondido quando o orientista que tenha chegado ao elemento característico onde está o ponto de controlo não o consegue ver na exacta localização indicada pela sinalética. Quer isto dizer que se o ponto de controlo está no lado Norte de uma pedra, o atleta deve avistá-lo logo que veja a base Norte dessa pedra.
A baliza deve ter a mesma visibilidade para os primeiros que partem como para os últimos. Como tal deve-se evitar colocar os pontos junto a vegetação que fique mais aberta à medida que os participantes vão passando.
O equipamento do ponto de controlo deve estar de acordo com as regras para competições internacionais de Orientação.
Caso se trate de um elemento de pequenas dimensões, os círculos que indicam a localização dos pontos devem estar centrados no elemento específico, sendo a sinalética que indica o lado do elemento onde está colocado. O círculo não deve ser desviado para tentar indicar esse lado.
É essencial a verificação, em todos os pontos de controlo e pernadas, se os respectivos círculos e traços não se sobrepõem à informação relevante do mapa. Isto consegue-se cortando os traços e os círculos de forma a não esconder os elementos importantes do mapa.
É também importante que os traços e círculos não se sobreponham entre si, ou seja, que não existam círculos atravessados por traços, ou círculos que se sobreponham. Também os traços das pernadas devem ser cortados nos locais onde se cruzam, ficando contínuo o traço da primeira pernada.
Em relação aos números dos pontos de controlo, nunca deverão ser cortados, mas sim colocados numa posição que não esconda informação importante do mapa. Em caso de pontos demasiado próximos, a localização dos números deve ser cuidada de forma a não se confundir o ponto a que pertence cada número.
O tamanho dos diversos elementos (triângulo, círculos, números dos pontos, etc) deve ser o indicado nas especificações para a elaboração de mapas (ISOM 2017 e ISSOM 2005).
Função dos pontos de controlo
A principal função do ponto de controlo é marcar o início e o fim de uma pernada.
Por vezes há necessidade de usar pontos com outros fins específicos, como por exemplo:
- obrigar os orientistas a contornar áreas perigosas ou interditas, ou seja, colocar pontos onde se quer que exista uma passagem obrigatória (por exemplo numa ponte para atravessar um rio);
- evitar ângulos agudos entre pernadas;
- abastecimento;
- ponto de espectadores.
Proximidade dos pontos de controlo
Pontos de controlo de diferentes percursos colocados muito próximos uns dos outros, podem enganar atletas que navegam correctamente até à área do ponto.
Os pontos de controlo só devem ser colocados a menos de 60 metros uns dos outros, quando os elementos onde se encontram são distintamente diferentes no terreno e no mapa. Neste caso a distância mínima é de 30 metros.
Nas provas de Sprint em zonas urbanas, é comum existir a necessidade de não se cumprir esta regra. Neste caso, deve existir autorização do Supervisor da prova para colocar pontos mais próximos que o regulamentado.
Sinalética do ponto de controlo
A posição da baliza em relação ao elemento representado no mapa, é descrita pela sinalética. A correspondência entre o elemento no terreno e o ponto marcado no mapa não deve suscitar qualquer dúvida. Os pontos de controlo que não possam ser definidos pelos símbolos da IOF, não são normalmente adequados e devem ser evitados.
A chegada
O último ponto de controlo é, geralmente, comum a todos os percursos (geralmente com o número 100 ou 200), de forma a que todos os atletas abordem a chegada pela mesma direcção. Este ponto não deverá ser de grande dificuldade técnica.
Os espectadores na zona de chegadas não deverão conseguir ver o percurso dos orientistas antes destes chegarem ao último ponto.
A distância entre o último ponto de controlo e a chegada deverá ser curto. Poderá ser mais longa caso se pretenda dar visibilidade à chegada dos atletas, por exemplo, numa zona de espectadores e/ou para câmaras de televisão.
O itinerário desde o último ponto de controlo até à chegada poderá ser ou não balizado. No entanto, como em Portugal é normal este itinerário ser balizado, deve ser comunicado aos atletas antes da partida caso o balizado seja incompleto ou não exista.